Vira assunto da alta direção e conselhos
Há cerca de cinco ou dez anos, os assuntos ambientais e sociais
eram tratados como nicho, sendo que o cenário começa a mudar com o crescente
interesse e pressão dos investidores, puxados pelos europeus, e tem seu ponto
de virada com a Covid-19.
Os líderes foram convocados a entender esse profundo
contexto e a atuar de forma diferente. Nunca os conselhos se reuniram tanto e
refletiram sobre pessoas e meio ambiente.
A sigla ESG, mais usada no meio
financeiro até então, ganha projeção, visibilidade, espaço e relevância. E, com
isso, entra no radar da alta liderança.
As pesquisas comprovam. Segundo
o estudo global "Sustainability in the Spotlight: Board ESG Oversight and
Strategy", do Diligent Institute e Spencer Stuart, com 590 conselheiros,
20% dos entrevistados disseram que raramente ou nunca discutiam ESG antes da
pandemia.
Em 2022, esse dado caiu drasticamente, para apenas 4%.
Já o percentual dos que falavam
de ESG em todas ou quase todas as suas reuniões mais que dobrou, indo de 15%
para 34%.
Os próprios conselheiros
admitem existirem carências a serem vencidas. como consta em uma pesquisa
realizada pela Egon Zehnder em 2022 com 127 empresas globais de grande porte.
“Expertise em ESG” é indicada por 21% dos respondentes brasileiros como “O que
ainda falta nos conselhos”.
Nesse mesmo estudo, o Brasil se destaca no
entendimento do ganho de importância dessa agenda: 71% dos brasileiros
consultados pela pesquisa dizem que ESG é o “principal tópico que deve tomar
mais tempo dos conselhos no futuro” – contra 50% das demais regiões.
IBGC