Tramitação da reforma da Previdência
de SP pode ser acelerada
Congresso de comissões foi convocado
para segunda-feira; servidores protestaram contra a reforma e criticaram
tramitação sem debate
A reforma da Previdência do estado de
São Paulo pode ter um rito acelerado na Alesp (Assembleia Legislativa de
SP), sem que haja um amplo debate sobre o tema, dizem representantes de
servidores públicos estaduais.
A proposta de reforma da Previdência
paulista aumenta a idade mínima de aposentadoria para os funcionários
públicos de São Paulo, muda a regra de cálculo dos benefícios,
altera a pensão por morte, eleva a alíquota de contribuição e institui
duas regras de transição para os profissionais que já são servidores.
Há dois projetos em análise sobre o
tema: a PEC (Proposta de Emenda à Constituição do Estado) 18 e
o PLC (Projeto de Lei Complementar) 80. O principal ponto da
reforma paulista é a idade mínima de 65 anos, para homens, e de 62 anos, para
mulheres.
O tempo mínimo de contribuição será de 25 anos.
Hoje, a regra geral permite requerer
o benefício com 30 anos de contribuição e 55 anos de idade, no caso das
mulheres, e aos 35 anos de contribuição e 60 anos de idade, para os homens.
Com o envio simultâneo das propostas
à Alesp, o governo pode acelerar as duas etapas necessárias para a aprovação da
reforma: modificar a Constituição estadual e, na sequência, disciplinar por lei
a aplicação do novo sistema.
Para aprovar a PEC, é necessário
apoio de três quintos dos deputados estaduais, ou seja, 57 votos favoráveis
entre os 94 possíveis, em dois turnos de votação.
A aprovação do PLC é mais
simples, pois exige 48 votos a favor da medida.
FOLHA DE SÃO PAULO