TECNOLOGIA


Robôs já servem pizza nos EUA e passam café na Coreia.

No Brasil, negócio não ganha terreno, já que mão de obra é abundante e barata.

Em países de população mais idosa e mão de obra escassa, robôs ganham espaço nas cozinhas. 

O principal exemplo é a Coreia do Sul, onde braços mecânicos fritam frango, passam café e servem cerveja. Nos Estados Unidos e na França, também há robôs que fazem pizza.

Os robôs assistentes ganharam o nome de "cobots", uma contração de robôs colaborativos, em inglês.

Esses mecanismos foram feitos para cooperar com humanos, mas existem também restaurantes sem trabalho humano na ponta. Há um cobot para cada dez operários em território sul-corenano, de acordo com dados da Bloomberg.

Só a coreana Doosan Robotics oferece 13 configurações de braços robóticos. O mais poderoso deles, chamado de "H-Series", carrega até 25 quilos e é adequado para galpões logísticos. 

Os que operam na cozinha, sob o nome "E-Series", entretanto, carregam cerca de 5 quilos e trocam força por precisão.

As especialidades do cozinheiro robô são fritar por imersão a 170º C, passar três expressos em 15 segundos, cozinhar macarrão com qualidade consistente, servir sorvete e tirar chope da torneira.

No Brasil, onde o trabalhador ainda é barato em relação ao exterior, a automatização das tarefas de cozinha engatinha. Fica mais restrita a lavadoras de louça, fornos inteligentes e autoatendimento.

Na opinião de Caroline Nogueira, chefe-executiva da Premium Refeições Corporativas, rede de restaurantes presente em oito estados, adotar soluções para automatizar a cozinha gera economia no longo prazo e melhora a qualidade do serviço. 

"Ajuda a manter um padrão e ainda economiza em energia elétrica, água e desperdício de ingredientes."



FOLHA DE SÃO PAULO
Tel: 11 5044-4774/11 5531-2118 | suporte@suporteconsult.com.br