PIB


Queda do PIB frustra e preocupa empresários.

Recuo do segundo trimestre, divulgado nesta quarta, foi de 0,1%.

Diante do frustrante recuo de 0,1% no PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre divulgado nesta quarta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), empresários e representantes do setor privado dizem que o país precisa acelerar a busca de soluções estruturais.

Para Alexandre Ostrowiecki, presidente da fabricante de eletrônicos Multilaser, o resultado foi uma decepção diante da expectativa de um avanço modesto.

"Temos hoje mais de 14 milhões de desempregados, que precisam desesperadamente de crescimento econômico para encontrar trabalho. 

Para resolver o problema, porém, não basta olhar pontualmente um ou outro trimestre. 

Desde a Constituição de 1988, excetuando-se Venezuela, Argentina e algumas minúsculas nações miseráveis, o Brasil tem a pior performance de crescimento do planeta", afirma.

Na avaliação da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), o crescimento de 2,7% registrado pela indústria da construção no segundo trimestre indica que o setor tem sido resiliente, mas com avanço abaixo do seu potencial.

A entidade afirma que, se os lançamentos de imóveis não tivessem caído nos últimos meses, puxados pelo temor dos empresários com o aumento do preço dos insumos, o desempenho do setor teria sido melhor.

Para a CBIC, a alta no PIB da construção contribuiu para que a indústria em geral não registrasse uma queda mais intensa no trimestre, que foi de -0,2%.



FOLHA DE SÃO PAULO
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