Pelo menos 61% dos
endividados 'fazem rodízio' para escolher quais contas vão pagar, afirma Renato
Meirelles
A equipe
econômica do governo anunciou nesta terça-feira (6) o programa de renegociação
de dívidas que pode atender até 70 milhões de pessoas.
O Desenrola vai ajudar
quem ganha até 2 salários-mínimos e tem dívidas de até R$ 5 mil a renegociar e
parcelar seus débitos a juros muito abaixo da prática do mercado.
Grande parte
da população que está inadimplente adquiriu a dívida "com crédito
concedido enquanto tinha renda formal" e que, agora, dispõem das mais
diversas estratégias para conseguir pagar as necessidades básicas: "61%
dos endividados têm o hábito de fazer rodízio de contas para escolher que
compromissos poderão honrar.
Renato Meirelles, fundador do Instituto Locomotiva e
do Data Favela, lembra que os brasileiros que integram as classes D e E foram os
que mais sofreram durante a pandemia.
"Nós estamos
falando de uma parcela que tem a maior participação da sua renda reservado para
alimentação.
Nós todos sabemos que a inflação de alimentação liderou o
crescimento inflacionário do Brasil nos últimos anos... Isso acaba com a ideia
de que as pessoas estão inadimplentes porque são perdulárias.”
G1