SP corta isenção de IPVA de 80% das pessoas que se
declaram com deficiência e prevê economia de R$ 500 milhões.
Mudança nas regras
tenta combater fraudes e será possível recorrer; para os outros 20%,
recadastramento é automático e exige novo adesivo.
O estado de São
Paulo vai cortar mais de R$ 500 milhões em isenções de IPVA para veículos de
pessoas com deficiência a partir de 2021.
A Secretaria da
Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo publica nos próximos dias o
decreto e a portaria que regulamentam as novas regras aprovadas pelo Legislativo paulista com
objetivo de combater fraudes nas isenções para veículos modelo PCD (para
pessoas com deficiência).
Dos cerca de 330
mil veículos que tiveram o benefício em 2020, apenas 65 mil (cerca de 20%)
continuarão com a isenção, cujo valor total cai de R$ 686 milhões para uma
estimativa de R$ 150 milhões a 170 milhões em 2021.
Os números foram
obtidos após verificação nos registros do Detran de quem está dentro das novas
regras, que definem, por exemplo, quais os 12 tipos de adaptações ao veículo
que dão direito à isenção.
Terão direito à
isenção no próximo ano 35 mil veículos adaptados e 30 mil não condutores (que
não podem dirigir por causa da deficiência, mas possuem carro guiado por outra
pessoa).
Os autistas e as pessoas com deficiência física, visual e mental,
severa ou profunda, não-condutoras, continuam beneficiadas.
Para essas pessoas, o recadastramento será automático, a
partir de dados sobre o veículo registrados no Detran.
Elas precisão, no
entanto, entrar no site da secretaria para imprimir um adesivo e colocá-lo na
traseira do carro, sob pena de perderem o benefício caso não o façam, segundo o
diretor de Arrecadação, Cobrança e Recuperação de Dívida da Secretaria da
Fazenda, Carlos Augusto Gomes Neto.
Segundo o diretor,
quem perder a isenção poderá recorrer e fazer um novo pedido. Novas
solicitações também deverão obedecer às novas regras.
A secretaria
enviará SMS e e-mail para todas as pessoas que tiveram direito ao benefício em
2020 para comunicar tanto a manutenção como a perda da isenção.
FOLHA DE SÃO PAULO