A IA não espera
"As empresas vão precisar vencer as resistências das equipes
para que a integração com os agentes da IA seja completa", o que significa
dizer que daqui para a frente e cada vez mais irá prevalecer mais intensamente
um estado de colaboração.
"Adoção da inteligência artificial já tem impacto em postos
de trabalho no País "
A trajetória de um líder de 8 times que sozinho criou ainda no ano
passado um primeiro agente de IA capaz de desenvolver softwares, algo
ainda raro na ocasião.
Esse primeiro protótipo, construído nas horas possíveis
como atividade paralela e que ele admite ter sido bastante simples, conseguiu
fazer 30% do código.
Percentual que em apenas 3 meses subiu para surpreendentes
90%, resultado só obtido, segundo ele mesmo reconhece, porque tornou o trabalho
de pessoal a coletivo, envolvendo as equipes sob o seu comando.
O tal profissional foi então promovido a um cargo sem nome que com
o tempo terminou batizado de "engenheiro sênior de IA".
Com menos de
1 ano de existência já ouve uma transformação. "No começo a missão era
escalar o número de agentes de IA nas diferentes áreas da empresa, capacitar as
pessoas e ajudá-las a ganhar velocidade de desenvolvimento".
Depois de
algum tempo se percebeu que aproximar os colaboradores da ferramenta era só uma
parte do todo, "A gente precisava, na verdade, redesenhar o processo de
trabalho em função dessa colaboração dentro dos grupos ".
Hoje sua atribuição é vencer resistências e implantar uma cultura
de mais autonomia e responsabilidade para cada um integrante das equipes.
E em
vez de se fazer uma atividade por dia o programador precisa agora resolver um
problema de ponta a ponta. "Tem muito desenvolvedor apaixonado por
programar e se sente incomodado em delegar essa tarefa para a IA
generativa", afirma.
Nesse momento mostramos como é interessante algo por
inteiro, "É muito interessante colocar os agentes de IA para rodar,
dominar as técnicas e criar conjuntos de prompts".
Só é indispensável
fazer a pergunta da forma certa, para conseguir as respostas desejadas.
O debate sobre o impacto da IA no trabalho " ganhou força com
o depoimento do CEO do Walmart, Doug Mc Millon, à revista Fortune,
dizendo estar muito claro que a IA vai mudar todos os empregos".
Ele
lidera mais de 2 milhões de funcionários em todo o Mundo e diz "não
conseguir pensar em uma única função que não será alterada pela IA.
"A IA não vai acabar com os profissionais de Medicina e
Direito, por exemplo, vai elevar o sarrafo. Só funcionários de ponta vão
continuar no mercado", diz o professor André Ponce de Carvalho, diretor do
Instituto de Ciências Matemáticas e Computação da USP.
Segundo ele, de duas uma
: "ou os mais frágeis ao avanço da IA se atualizam para se reposicionar no
mercado, ou serão substituídos", observa.
O ESTADO DE SÃO PAULO