MUDANÇA CLIMÁTICA


Programas de compensação de carbono não entregam o que prometem.

Estudos mostram que ações não conseguem capturar a mesma quantidade do gás emitido que se propõem a mitigar.

Os programas de compensação de carbono tornaram-se onipresentes. Você provavelmente já os viu como opções para marcar em reservas de voos: "Clique aqui para fazer upgrade para um assento premium"; "Clique aqui para cancelar suas emissões de gases de efeito estufa".

É uma proposta atraente –a promessa de que, por uma pequena quantia de dinheiro, você pode cuidar de seus negócios sem culpa climática. 

Mas, se parece bom demais para ser verdade, é porque, pelo menos por enquanto, é mesmo.

A ideia de compensações de carbono, às vezes chamadas de créditos de carbono ou créditos climáticos, é simples.

Sabemos que a atividade humana produz dezenas de bilhões de toneladas de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa todos os anos

Também sabemos que é possível remover ou sequestrar carbono da atmosfera, por exemplo, plantando árvores.

As compensações buscam compensar, por exemplo, as emissões dos aviões financiando reduções de emissões ou remoção de carbono em outro lugar, como florestas.

Alguns especialistas as veem como uma ferramenta essencial para limitar os danos ambientais, pelo menos no curto e médio prazo, até que o mundo possa fazer uma transição completa para as energias renováveis.

Os cientistas estão certos de que o mundo precisa atingir emissões líquidas zero –o ponto em que paramos de expelir gases de efeito estufa ou neutralizamos totalmente os gases que produzimos– até 2050 para evitar os piores efeitos da mudança climática, e "é virtualmente impossível chegar a zero" sem compensações, segundo Bruce Usher, professor da Columbia Business School e ex-CEO do EcoSecurities Group, que desenvolveu projetos de redução de emissões em países em desenvolvimento.



THE NEW YORK TIMES
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