EXCESSO DE TRABALHO


Como trabalhar demais está nos matando (literalmente).

Artigo de instituições como OMS e OIT aponta que 750 mil pessoas morrem por ano de doenças relacionadas a longas jornadas de trabalho.

Muitas pessoas também sofrem uma deterioração da saúde devido ao ritmo intenso de trabalho

Uma nova pesquisa —descrita como o primeiro estudo a quantificar o impacto das longas jornadas de trabalho na saúde— mostrou como a situação é desoladora.

Em artigo publicado no dia 17 de maio, os autores, de instituições como a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a OIT (Organização Internacional do Trabalho), afirmam que, a cada ano, 750 mil pessoas morrem de doenças cardíacas isquêmicas e derrame, devido às longas jornadas de trabalho. 

A isquemia cardíaca, também conhecida como doença arterial coronariana, envolve o estreitamento das artérias. 

Em outras palavras, mais gente morre de excesso de trabalho do que de malária. 

Esta é uma crise global, que requer a atenção tanto de funcionários, quanto de empresas e governos. E se não resolvermos isso, o problema pode não apenas continuar, mas piorar.

De acordo com os dados do artigo, 9% da população mundial —número que inclui crianças— têm longas jornadas de trabalho. E, desde 2000, o número de pessoas que trabalham em excesso vem aumentando.

O excesso de trabalho afeta diferentes grupos de trabalhadores de maneiras distintas.

Os homens trabalham mais horas do que as mulheres em todas as faixas etárias. 

O excesso de trabalho atinge seu pico no início da meia-idade, embora os efeitos sobre a saúde possam se manifestar mais tarde. 

(Os autores do estudo usaram um período de 10 anos de intervalo em relação ao aparecimento das doenças para rastrear os efeitos do excesso de trabalho; afinal, a "morte por excesso de trabalho" não acontece da noite para o dia.)

Os dados também mostram que as pessoas no sudeste asiático parecem ter as jornadas mais longas; e na Europa, as mais curtas.



FOLHA DE SÃO PAULO
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