Pesquisa
realizada pela Microsoft, com o título “The Next Great Disruption is
Hybrid Work – Are We Ready?”, ouviu 30 mil pessoas em 31 países e constatou que
mais de 40% da força de trabalho global estava considerando deixar o emprego no
ano passado.
O índice saltava para 54% quando os entrevistados fazem parte da
Geração Z.
Já a segunda edição deste estudo, publicada na semana passada, com
o título "Great Expectations: Making Hybrid Work", apontou que o
índice geral de pessoas pensando em “abandonar o barco” aumentou para 43%.
The Great Resignation ou A Grande Renúncia é um movimento
voluntário de demissão que teve início nos Estados Unidos e começou a chamar
atenção a partir de abril de 2021 por conta das reflexões despertadas pela
pandemia sobre o papel do trabalho na vida das pessoas.
Após o primeiro ano da
crise — mais crítico e de grandes incertezas na esfera econômica –, quem
continuou empregado começou a repensar suas prioridades.
Professor e pesquisador de temas como modelos flexíveis de gestão,
redução de estruturas hierárquicas e futuro do trabalho, Alexandre Pellaes
resume o dilema: “A pandemia trouxe um senso de urgência para o nosso
sentimento de insatisfação com o trabalho que estava engavetado.
E aí, quem já
vinha pensando nisso ao longo da vida foi entendendo que existiam outras formas
de trabalhar”.
No Brasil: Segundo especialistas, o País demorou um pouco
mais para observar esse movimento — e ainda assim em volume muito menor.
“Os Estados Unidos têm uma média de desemprego de 3%, nós temos de 13%.
Então, [o Brasil] não é um mercado onde a gente possa se dar ao luxo de fazer
essa movimentação, como acontece lá…”
Mesmo assim, esse fenômeno vem ganhando adeptos por aqui.
De
acordo com um levantamento feito em novembro passado (pela empresa de
recrutamento Robert Half) com profissionais qualificados de mais de 25 anos,
49% dos empregados pretendiam ir atrás de novas oportunidades em 2022 pelo
desejo de aprender algo novo, buscar realização pessoal ou melhorar sua
qualidade de vida.
VALOR