Além
do encolhimento do BNDES, existe um outro motivo pelo qual o mercado - e dentro
dele a poupança previdenciária se esta for adequadamente fomentada -
precisa assumir os investimentos em infraestrutura.
É que a pressão
financeira exercida pelos gastos com pessoal ativo, inativo e serviços de
terceiros comprimiu os investimentos das prefeituras brasileiras para um
patamar médio de 4,55% do total de despesas.
Já os terceirizados respondem por
23,38% dos gastos totais das administrações locais, segundo levantamento do
Observatório de Informações Municipais (OIM).
Esse percentual sobe para 84,04%
quando entram na conta também as despesas com ativos e inativos.
"A
tendência é de queda na participação dos investimentos [no total das despesas]
à medida que aumenta o porte demográfico dos municípios", diz o geógrafo
François Bremaeker, gestor do OIM e autor do levantamento.
Outro
estudo, divulgado em maio pela Confederação Nacional de Municípios (CNM),
mostra que o nível de investimento dos municípios caiu pela metade entre 2007 e
2017.
VALOR ECONÔMICO