Quando faz sentido o dono de um negócio se
apresentar como CEO?
Empreendedor
deve evitar usar a sigla por status; termo só vale para empresas que têm planos
de crescer rápido.
Inspirados em líderes das grandes
corporações, muitos empresários têm escolhido a sigla
CEO (chief executive officer, diretor-executivo em inglês) para denominar a si
próprios.
Mas, em geral, o termo não é apropriado para negócios muito pequenos,
que não têm a pretensão de crescer rapidamente.
Siglas em inglês podem causar problemas de
entendimento e criar um distanciamento com clientes e funcionários que não
estão familiarizados com a nomenclatura no dia a dia, diz Jaércio Barbosa,
coordenador da Incubadora de Negócios da ESPM.
“A questão é: por que você usa esses termos?
É para
dar status? Ou isso é um diferencial e sua empresa precisa dessa nomenclatura
porque está presente em ambientes em que esses cargos são importantes?”, diz o
professor.
O cargo CEO e outras posições de liderança como CFO
(chief financial officer) fazem parte do chamado “C-level”, uma expressão que
denomina profissionais que acumularam competências técnicas e comportamentais
de forma completa, independentemente da idade, e atuam na visão estratégica de
suas áreas, explica Bruna Losada, vice-reitora geral da Saint Paul Escola de
Negócios.
ENTENDA OS CARGOS
CEO (chief executive officer) É o cargo mais alto. Lidera outros executivos, faz
a interlocução com investidores, representa a empresa externamente e toma as
decisões estratégicas
CFO (chief financial officer) É responsável por pensar as estratégias de
finanças. Faz a gestão dos recursos, viabiliza o retorno a investidores e cria
metas para diferentes áreas
CMO (chief marketing officer) Gerencia a forma da marca se posicionar no mercado
e planeja a comunicação estratégica
COO (chief operating officer) Supervisiona a operação, garantindo que as
estratégias estão sendo cumpridas. É visto como o braço direito do CEO
CTO (chief technology officer) Monitora como a tecnologia é usada e implementa
novos recursos. Também tem de pensar na experiência do cliente e na inovação
digital
FOLHA DE SÃO PAULO