Ceia de Natal fica até 27% mais cara.
Levantamento
do FGV Ibre avalia dez produtos com base em indicador que considera preços em
sete capitais.
Em um cenário marcado pela inflação alta, a ceia de Natal deve ficar mais cara para as
famílias brasileiras em 2021.
Carnes de frango e bovina, ovos, pães, bacalhau e vinhos fazem
parte da lista de produtos relacionados à data festiva que registraram aumento
de preços no período de 12 meses.
O avanço dos itens no acumulado vai até a faixa dos
27%, aponta um levantamento do economista Matheus Peçanha, do FGV Ibre
(Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).
O pesquisador selecionou dez produtos, cuja
variação de preços consta no IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor-10).
O
indicador é calculado pelo FGV Ibre em sete capitais —Belo Horizonte, Brasília,
Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.
No acumulado
de 12 meses, entre dezembro de 2020 e novembro de 2021, o frango inteiro é o item da ceia de Natal que mais subiu. O item
disparou 27,34%, seguido pelo aumento dos ovos (20,05%).
Após frango e ovos, a maior alta entre os produtos associados à
ceia de Natal foi registrada pelas carnes bovinas: 18,68%.
A demanda aquecida no mercado internacional também incentivou
exportações durante a pandemia, elevando os preços dentro do país.
Essa pressão, contudo, ficou menor após os embarques para a
China serem suspensos em setembro, quando houve registro da suspeita de dois
casos atípicos de vaca louca no Brasil.
Em 12 meses, a inflação da ceia de Natal também é impactada pela
elevação dos preços de azeite (13,69%), pães de outros tipos (11,12%), bacalhau
(7,98%), vinhos (7,77%), lombo suíno (6,48%) e pernil suíno (3,44%), segundo os
dados do IPC-10.
FOLHA DE SÃO PAULO