Dólar sobe e Bolsa cai sob pressão de inflação,
guerra e Covid
Surto na China e
negociações sobre Ucrânia influenciam quedas de Vale e Petrobras
Os mercados de
câmbio, ações e de juros do Brasil revelaram um cenário pessimista para os
negócios domésticos, que nesta segunda-feira (14) rumaram na contramão do clima
esperançoso que contagiou a Europa devido à remota possibilidade de avanços nas negociações de
paz entre Rússia e Ucrânia.
A Bolsa de Londres avançou 0,53%. Paris
e Frankfurt saltaram 1,75% e 2,21%, nessa ordem.
Referência da Bolsa
de Valores brasileira, o índice Ibovespa caiu 1,60%, a 109.927 pontos.
O dólar
subiu 1,30%, a R$ 5,1190. Resultados que podem ser atribuídos em grande parte à
desvalorização dos materiais básicos mais importantes produzidos no país e
pelas preocupações com os efeitos da inflação doméstica e no exterior.
Expectativas
positivas sobre o desfecho do conflito na Europa foram parcialmente
responsáveis pela queda na cotação do petróleo nesta segunda.
A commodity vinha
disparando devido à possibilidade de redução substancial da oferta após a
decisão dos Estados Unidos de banir a importação da Rússia.
Notícias sobre
novos surtos de Covid-19 na China também ajudaram a derrubar o preço da
matéria-prima. Interrupções na cadeia de suprimentos devido ao fechamento de
atividades econômicas podem esfriar a demanda global pelo petróleo. Ao final da
tarde, o barril do Brent caía 6,21%, a US$ 105,67 (R$ 535,12).
FOLHA DE SÃO PAULO