Deputados
experientes garantem que não existe hipótese de a reforma ter hoje 250
votos favoráveis. No Planalto, fala-se em algo entre 180 e 200
parlamentares favoráveis, mas parte desses apenas depois de negociações que
terão que incluir, mesmo que o governo não queira, cargos. O mais provável,
dizem Parlamentares que conhecem a Casa, é que o número mais firme não passe de
100.
Na tentativa de
arregimentar apoio para a aprovação da reforma o presidente Jair
Bolsonaro avalia uma estratégia de comunicação combativa nas redes sociais,
território no qual mobilizou adesão à sua candidatura ao Palácio do
Planalto.
A ideia é que as
mídias digitais sejam usadas para defender fortemente os principais pontos
da proposta, para rebater as críticas de setores de oposição e para pressionar
os congressistas indecisos a votar a favor da medida.
O economista Fabio
Giambiagi, 57, um dos principais especialistas em Previdência e contas públicas
do país, se diz impressionado com a desinformação e “a má-fé de alguns dos
participantes do debate” sobre a proposta de emenda constitucional encaminhada
pela gestão Bolsonaro (PEC 6).
Como exemplo, cita a
crítica de que a aposentadoria integral só seja concedida a quem trabalhe 40
anos.
“O espantoso é que já
é assim há 20 anos. A reforma não está criando nada novo, mas os críticos
colocam isso como uma mudança perversa”, disse.
Afirmou também
"ser simplesmente absurdo que uma pessoa tenha uma exigência de
contribuição menor apenas por ser mulher. Aceito que o problema da dupla
jornada de trabalho é uma questão não resolvida no mundo inteiro, mas nesse
caso a diferenciação deveria ser condicionada à existência de
filhos".
VALOR ECONÔMICO