Os investimentos das
Entidades Fechadas de Previdência Complementar ofereceram um retorno
consolidado acima das metas atuariais no período de 14 anos, compreendido
entre 2003 e 2016, com uma rentabilidade de 565,81 % contra a variação de
428,54% da TMA/TJP.
Além disso, essas
carteiras também obtiveram resultados superiores ao CDI, cuja variação foi de
455,84% no período, e do Ibovespa, que somou retorno de 434,64%.
As conclusões são do novo
estudo elaborado pelo Núcleo Técnico da Abrapp, que analisa a
rentabilidade das diversas carteiras de acordo com o desempenho de cada classe
de ativo no período de 2003 a 2016. O trabalho mostra a rentabilidade
ponderada, o que significa que as fundações cujos ativos somam valores maiores acabam
tendo um peso maior nos resultados finais. Ele foi dividido em duas partes: a
primeira mostra os resultados segmento a segmento e a segunda revela o
desempenho dos investimentos vis a vis os indicadores de mercado.
Ganhos em 2016 – Ao avaliar o ano de 2016
isoladamente, o estudo destaca o desempenho positivo e o fato de que,
pela primeira vez em quatro anos, as EFPCs superaram tanto sua meta atuarial
quanto o CDI. A rentabilidade consolidada ficou em 14,56%, acima da
TMA/TJP, de 13,44%, e superior à variação do CDI, que foi de 14,01%.
Esse resultado foi
influenciado pelo retorno positivo das carteiras de renda variável , que
registraram rentabilidade de 15,8% - a melhor entre as diversas classes de
ativos, algo que não ocorria desde 2009. A exuberância do desempenho da bolsa
levou o Ibovespa a atingir valorização de 38,94% e o IbrX ganhou 36,7%.
Depois de passar seis anos na “lanterna” desse ranking, o Ibovespa teve a maior
rentabilidade do ano.
As apostas das entidades no segmento de imóveis
sofreram uma forte reversão no ano passado, mas os ganhos acumulados ao longo
do tempo são expressivos. Em 2016, a rentabilidade dessas carteiras encolheu
para apenas 6,88% , o menor retorno de toda a série histórica observada desde
2003. Já nos três cortes de tempo analisados, os imóveis lideram o
ranking e apontam os maiores retornos: 101,88% em cinco anos; 526,52% em
dez anos e 994,58% no período entre 2003 e 2006. Este último percentual,
naturalmente, é o que deve ser visto com mais atenção, por se coadunar com a
natureza de longo prazo das entidades
Diário dos Fundos de Pensão