José Pastore,
sociólogo, iniciou a plenária sobre o tema “Previdência e Trabalho:
Nada Será como Antes” lembrando que daqui a cerca de 1 mês estarão entrando em
vigor as novas regras que vieram com a reforma trabalhista, que de um
lado dá mais força (evitando a intromissão da Justiça do Trabalho) ao que foi
acertado entre o empregador e o trabalhador, enquanto de outro define melhor o
que é salário e o que não é, ao mesmo tempo em que acaba com pontos
antiquados da CLT.
As novas regras
da mesma forma estimulam uma maior produtividade e define novas formas de
trabalho, como o intermitente, ou seja, por tempo descontínuo. Regula também o
tele-trabalho e por tempo parcial. Cria-se assim, maior flexibilidade, o que é
bom porque permite que o mercado formal abrigue um maior número de
trabalhadores, ao contrário do que se tem hoje. Basta ver que 80% das vagas que
estão surgindo hoje são informais e a esperança é que isso mude.
“O desafio que
vocês da previdência complementar fechada enfrentam agora é desenvolver
produtos para abrigar esses novos públicos”, arrematou Pastore. De toda forma,
a maior formalização deverá ajudar no fomento da Previdência Complementar.
Fábio Giambiagi,
economista, também falou de desafios, dizendo que para os participantes de
entidades fechadas o maior deles é entender, da mesma forma como o segurado do
INSS precisa compreender que vai ter que se aposentar mais tarde, que para
usufruir de uma aposentadoria complementar mais generosa terá que contribuir
mais, uma vez que essa deverá ser a consequência quase inevitável do declínio
dos juros.
Um desafio tanto maior,
continuou Giambiagi, na medida em que as pessoas vivem mais, alterando a fatia
do grupo de 60 anos ou mais no conjunto da população.
Abrapp