MERCADO FINANCEIRO


Apesar da tombo recorde do PIB, Bolsa sobe com promessa de reformas

Ibovespa: +2,82% (102.167 pontos)

Dólar: -1,75% (R$ 5,38)

Resumo:

·         Bolsa contorna queda recorde do PIB e fecha em alta com promessa de reforma administrativa e aparente realinhamento entre Bolsonaro e Guedes;

·         PIB tem queda histórica de 9,7% no 2º trimestre e Brasil entra de novo em recessão;

·         Brasil chega perto de 122 mil mortes por coronavírus, mas média móvel de óbitos é a menor desde 20 de maio;

·         Auxílio Emergencial será esticado até dezembro, mas com valor menor;

·         MEIs não precisam mais de alvará e licença para funcionar a partir de hoje.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou a terça-feira (1º) com a maior alta em quase três meses, apesar do tombo recorde que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil sofreu – o maior da história, como você verá adiante.

Entre as 75 ações listadas na B3, 67 encerraram o dia no azul. 

Os investidores viram Jair Bolsonaro, presidente da República, e Paulo Guedes, ministro da Economia, darem as mãos novamente – pelo menos aparentemente – com a divulgação de medidas em sintonia com a agenda de cortes de gastos públicos.

A primeira delas foi o anúncio da prorrogação do Auxílio Emergencial, como você verá mais para frente deste texto.

 Depois, ao lado do ministro e de lideranças parlamentares, Bolsonaro prometeu entregar ao Congresso uma proposta de reforma administrativa até quinta-feira (3).

Lembrando que, no começo de agosto, o agora ex-secretário de Desburocratização, Paulo Uebel, pediu demissão porque essa reforma não saía. 

O pedido foi um dos estopins para a grande aversão a risco e quedas que a Bolsa sofreu no mês passado.

Este conjunto de anúncios acalmou a fera interior dos investidores, mas ainda não foi suficiente para fazer a pulga sumir de trás da orelha – afinal, a reforma administrativa é apenas uma das medidas esperadas e, sozinha, não é capaz de controlar os gastos da forma esperada pelo mercado financeiro. 

Também é preciso aguardar o que será feito do Renda Brasil, programa de redistribuição de renda que o governo federal pretende criar para substituir o Bolsa Família.



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