Brasil se consolida como exportador de petróleo e
Petrobras reforça logística
Em 2024, país
vendeu no mercado externo mais da metade de sua produção
Em 2024, pela
primeira vez na história, o Brasil exportou mais da metade de sua produção
de petróleo, consolidando-se como um país
exportador da commodity e tornando-se alternativa ao suprimento europeu após o
início de sanções à venda pela Rússia devido à Guerra da Ucrânia.
A alta nas
comercializações é motivada principalmente por exportações privadas, mas
a Petrobras já prevê uma série de
investimentos para melhorar sua logística e reduzir custos e emissões no transporte de sua produção para
o exterior.
Segundo
levantamento feito pelo Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo,
Gás e Biocombustíveis), as exportações brasileiras corresponderam a 52,1% de
todo o petróleo que o país produziu no ano.
A média exportada
foi de 1,75 milhão de barris por dia, marca 10,1% maior do que a registrada em
2023, de 1,59 milhão de barris por dia.
A alta se deu mesmo em um contexto de
queda da produção nacional, que ficou, em média, em 3,365 milhões de barris por
dia.
O cenário levou o petróleo a tomar da soja o
primeiro lugar entre os itens de exportação da balança comercial brasileira e, segundo o setor, deve se
manter com o crescimento da produção do pré-sal nos próximos anos.
O principal
cliente foi a China, com 42% do volume, mas houve crescimento das vendas à
Europa, que busca alternativas ao petróleo russo e ficou com 33% das
exportações da Petrobras.
A estatal diz que esse mercado tem sido bastante
atrativo para petróleos produzidos no pré-sal.
Na média nacional,
segundo o Ineep, a China representou 37,6% das exportações brasileiras, com os
Estados Unidos em segundo lugar, com 15,8%. Espanha, Holanda e Portugal
ficaram, respectivamente, com 12,2%, 9% e 6%.
FOLHA DE SÃO PAULO