Disputa por aumento de plano de saúde volta a
esquentar nesta semana.
Para o deputado
Celso Russomano, a tendência é que a ANS suspenda o reajuste.
A pressão para postegar o reajuste dos planos de saúde na pandemia não acabou, e a queda de braço deve
crescer nessa semana sobre a categoria dos planos coletivos, como aconteceu no ano passado.
Para o deputado Celso Russomano
(Republicanos-SP), a tendência é que a ANS (Agência Nacional de Saúde
Suplementar) suspenda o aumento neste ano.
"Vamos fazer uma audiência pública na
quinta (10) na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara para questionar as
operadoras.
Acho que vamos chegar a um termo para não ter aumento, porque a
arrecadação dos planos cresceu com a pandemia", diz.
A Abramge (Associação Brasileira
de Planos de Saúde) diz que os planos estão enfrentando taxas historicamente altas de ocupação
dos hospitais.
"Daí a
importância de que toda a discussão sobre reajustes leve em consideração o
cenário da saúde suplementar, as metodologias de cálculo, as leis e normas
aplicáveis, a sustentabilidade de todo o setor privado de saúde", diz a
entidade.
Enquanto as entidades de defesa do consumidor,
de um lado, tentam convencer o governo e a ANS a impedirem o aumento neste ano,
as empresas fazem pressão contrária.
Na semana passada, representantes de
companhias do setor tentaram marcar um jantar para defender o aumento com o
ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mas o evento foi cancelado.
A entidades Abramge e FenaSaúde, que reúnem as operadoras, dizem não foram convidadas.
FOLHA DE SÃO PAULO