União Europeia exporta para Brasil pesticida banido
por envenenar abelhas.
Dados
oficiais obtidos por site do Greenpeace mostram vendas de quase 4.000 toneladas
para 65 países.
Dados oficiais divulgados nesta quinta-feira (18)
pelo Unearthed, site de notícias do Greenpeace, mostram que Alemanha, França e
Bélgica registraram de setembro a dezembro do ano passado a exportação para o
Brasil de mais de 1.500 toneladas de inseticidas neonicotinóides, proibidos na
União Europeia, por serem prejudiciais às abelhas.
Os produtos, dependendo da concentração nos
insetos, podem prejudicar a atividade
locomotora, reduzindo a velocidade de voo, e também afetar
capacidade de as abelhas encontrarem fontes de alimento e de se localizarem,
levando ao declínio das colmeias ao longo do tempo.
Estudos científicos mostram que os neonicotinóides
afetam também as abelhas nativas.
A redução no número de abelhas por causa da
intoxicação por químicos usados na agricultura prejudica a produção e a
biodiversidade, já que elas são responsáveis por fazer a polinização de várias espécies
vegetais.
Além da União Europeia, as agências da ONU para
saúde, OMS, e para alimentação e agricultura, FAO, afirmam que há consenso crescente de que
é preciso "restringir severamente" o uso de neonicotinóides, por
representarem "alto risco ao meio ambiente".
Segundo a FAO, o número de insetos polinizadores está em queda em várias regiões do mundo, em
parte por causa do uso de produtos químicos na agricultura.
FOLHA DE SÃO PAULO