LONGEVIDADE


Os baby boomers ganham dos millennials em pesquisa da Gallup, Oxford e ONU

O Brasil ficou na 44ª colocação no Ranking de Felicidade 2024, cinco posições acima da posição de 2022. Aqui, os mais velhos são mais felizes. 

Entre os que têm mais de 60 anos, o Brasil avança várias posições e ocupa o 37º lugar na lista divulgada ontem. 

Já entre os jovens (menos de 30 anos), o País cai para a 60ª posição – ainda assim, à frente dos EUA, que fica na 62ª, mostrando com isso o estado de espírito da juventude americana. (Foto: Divulgação)

O ranking, que lista 140 países, é uma parceria entre a Gallup,  Oxford Wellbeing Research Centre e a Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU.

É a primeira vez que o levantamento fornece classificações separadas por faixa etária, em muitos casos variando amplamente em relação às classificações globais. 

A Lituânia está no topo da lista de crianças e jovens com menos de 30 anos, enquanto a Dinamarca é a nação mais feliz do mundo para aqueles com 60 anos ou mais.

Ao comparar gerações, os nascidos antes de 1965 são globalmente, em média, mais felizes do que os nascidos depois de 1980. 

Entre os Millennials, a avaliação da própria vida diminui com cada ano de idade, enquanto entre os Baby Boomers a satisfação com a vida aumenta com a idade.

Considerando todas as faixas de idade, há um detalhe importante quanto ao caso brasileiro. Em relação a pesquisas mais antigas, o Brasil está muito menos feliz.

Numa escala de 1 a 10, a felicidade caiu 0,425, ou quase 5%, do período 2006–2010 a 2021–2023. É uma das maiores quedas no mundo.

Tal cenário não é exatamente de hoje. É fato que maioria das pessoas teme o envelhecimento por seu declínio físico e mental. 

Mas um  estudo feito há dois anos, realizado em conjunto pela National Geographic e pela AARP (American Association of Retired Persons, que reúne pessoas com mais de 50 anos em torno da ideia de aposentadoria), mostra que as pessoas mais velhas são muito mais felizes do que imagina o senso comum.

O estereótipo de velhos solitários que perdem o propósito do trabalho e sua relevância para uma sociedade baseada em dinheiro, juventude e status, é invertido pelos dados. 

Quanto mais velho você fica, menos teme a morte e mais valoriza as coisas boas da vida. Abaixo dos 40 anos, o foco está na saúde mental e na independência. Aos 80, é quase tudo sobre amor.

A verdade é que quem precisa de mais ajuda hoje são os que estão na meia-idade, vivendo entre filhos carentes, uma carreira que exige demais, pais doentes e o noticiário cheio de tragédias que precisam de ajuda.



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