Servidores do BC decidem manter greve por tempo indeterminado.
Mobilização pode afetar cronograma de
implementação do projeto piloto da moeda digital.
Sem acordo com o
governo por reajuste salarial, os servidores do Banco Central aprovaram, em assembleia na
tarde desta terça-feira (12), a manutenção da greve por tempo indeterminado.
A decisão contou
com o apoio de 80% dos 1.300 funcionários que participaram da deliberação.
Antes da
assembleia, membros das três entidades representativas dos servidores do BC se
reuniram com a diretora de Administração da autarquia, Carolina de Assis
Barros.
O presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, não participou do
encontro.
Os servidores têm falado em intensificar a greve,
que teve início em 1º de abril, afetando atividades preparatórias ligadas ao Copom (Comitê de Política Monetária) e ao
Comef (Comitê de Estabilidade Financeira).
A próxima reunião do Copom está
marcada para os dias 2 e 3 de maio, enquanto o encontro do Comef está agendado
para 26 de maio.
A mobilização dos funcionários do BC tem
provocado uma série de atrasos na rotina da autoridade monetária, especialmente na divulgação de indicadores financeiros,
como o boletim Focus, o fluxo cambial, as notas econômico-financeiras, a
apuração da ptax (taxa de câmbio) diária e outros.
FOLHA DE SÃO PAULO