MERCADO SEGURADOR


Lucro das seguradoras até setembro dobra para R$ 22,2 bilhões.

Parte do bom desempenho se explica pelo aumento de 8,4% nas vendas e queda de 6% nas indenizações pagas

2023 termina e as festas de final de ano lotam a agenda de todos que trabalham no setor de seguros. 

Tem sido um ano desafiador em várias frentes e 2024 parece que seguirá no mesmo ritmo de consolidação de estratégias inerentes à transformação da sociedade imposta pela tecnologia, pelas mudanças climáticas e pela busca em melhorar os indicadores de sustentabilidade.

Tal agenda impõe um novo pensar e agir dos consumidores, das seguradoras, dos canais de distribuição e dos órgãos reguladores. 

Nas conversas oficiais, reina o mantra que o sucesso nos negócios pode caminhar lado a lado com valores éticos e responsabilidade social.

Na política, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pressiona para a aprovação, ainda neste ano ou no início de 2024, de um novo marco regulatório para os contratos de seguros, o PL 29/2017, que está no Senado.

O titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Alessandro Octaviani, corre com mudanças que vão da supervisão online das companhias ao lançamento do grupo de trabalho “Seguros, Novo PAC e Neoindustrialização”. 

A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) atua na divulgação institucional do seguro em diversas frentes para colocar o tema na pauta do governo e na boca do povo, tendo como bandeira o poder do setor para impulsionar a economia como um todo.

No dia a dia, as seguradoras tocam seus negócios atentas a política do setor. 

O mercado de seguros apresentou lucro líquido de R$ 22,2 bilhões de janeiro a setembro deste ano, o dobro dos R$ 11 bilhões registrados em mesmo período do ano passado.

As 50 maiores seguradoras do Brasil registraram lucro no período, segundo dados da Susep e consolidados pela consultoria Siscorp. 

No mesmo período de 2022, dez estavam no vermelho. 

O clube do bilhão passou de três — Bradesco, BB Seguridade e Caixa Seguridade — para seis, com a entrada da Porto, do Itaú e da Tokio Marine. 

Este seleto grupo é responsável por quase 70% dos ganhos totais do setor. 

O lucro segue beneficiado pelas elevadas taxas de juros. Em janeiro, a Selic era de 13,75% e, em novembro último, passou para 12,25%.

Essa é a taxa que remunera uma carteira de investimentos que ultrapassa R$ 1,2 trilhão. 

Outra parte do ganho vem da melhora do resultado operacional obtido pelo uso da tecnologia, segundo informaram as seguradoras durante a divulgação dos resultados do terceiro trimestre e do acumulado até setembro deste ano.



SONHO SEGURO
Tel: 11 5044-4774/11 5531-2118 | suporte@suporteconsult.com.br