Deve retrair 5,4% em 2020, mas
recessão pode ser pior.
Além da crise sanitária, o Brasil
também enfrenta o aumento do risco fiscal e discussão de medidas que podem
prejudicar a retomada econômica.
Estes três pontos tornam o cenário ainda mais
desafiador, segundo avaliação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Com isso, o Instituto passou a prever queda de 5,4%
para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020.
Não podemos descartar de todo o risco
de um cenário com um quadro recessivo mais intenso e duradouro", disseram
os pesquisadores Armando Castelar e Silvia Matos na abertura do Boletim Macro
de maio, divulgado antecipadamente ao Valor Econômico.
"A
dimensão da crise econômica e de suas repercussões sociais tem motivado
iniciativas na esfera política com potenciais implicações negativas."
O Ibre também estima que a dívida
bruta alcance 92% do PIB ao final do ano, considerando o aumento de gastos do
governo para amenizar o impacto da pandemia do coronavírus e uma retração mais
expressiva da atividade econômica.
IBRE/FGV