Petros,
Previ e Funcef realizaram em conjunto na sexta-feira, 2 de fevereiro, no Rio de
Janeiro, o seminário “Desafios e perspectivas para os FIPs no Brasil”, que teve
como objetivo promover debates sobre a necessidade de aprimoramento e ajustes
na estruturação, governança e legislação dos Fundos de Investimento em
Participações (FIPs), classe de ativos que representa instrumento de
diversificação de investimentos para as entidades, principalmente em um
ambiente de taxas de juros mais baixas.
“Os
FIPs são uma importante alternativa de diversificação dos investimentos para as
entidades. Essa classe de ativos, porém, teve imagem e credibilidade abaladas
nos últimos anos, em função de problemas isolados, mas também estruturais e de
governança. Por isso, nós, como investidores institucionais, devemos estar
comprometidos com o aprimoramento do produto e sua governança. Um dos aspectos
que precisamos debater é a necessidade de ajustes no arcabouço regulatório
local, para que os FIPs voltem a ser uma opção viável e atraente para o
portfólio de investimentos das fundações”, destacou o presidente da Petros,
Walter Mendes. O segmento representa 2,53% dos investimentos do Plano Petros do
Sistema Petrobras (PPSP), de benefício definido, e 2,22% do Plano Petros-2
(PP-2), de contribuição variável. “Queremos assumir os riscos inerentes ao
negócio, mas não riscos adicionais que temos enfrentado nos últimos anos”,
afirmou Mendes.
“Em um
cenário em que as curvas de juros dos títulos públicos de longo prazo estão em
queda, os FIPs se tornam uma alternativa importante para nós, investidores
institucionais. Mas é necessário aprimorar o uso do instrumento, melhorar a
governança e a regulação desse tipo de ativo e estimular o debate sobre o
segmento”, disse o presidente da Previ, Gueitiro Genso. Atualmente, os ativos
são responsáveis por 1,26% da carteira do Previ Futuro e 0,59% do Plano 1, o
plano de benefício definido da entidade.
Para a
Funcef, diante de um novo cenário econômico, em que a taxa Selic encontra-se no
seu mais baixo patamar histórico, os FIPs são uma alternativa importante de
diversificação para o cumprimento de metas atuariais. “Os FIPs representam uma
oportunidade de alocação de recursos para cotistas que buscam diversificar
investimentos em ativos com características de risco/retorno compatíveis com
seus objetivos”, afirmou o presidente da Funcef, Carlos Vieira.
"Especificamente para as entidades fechadas de previdência complementar, o
aprimoramento dos aspectos relacionados à legislação e à seleção de
administradores e gestores é fundamental”, completou.
Petros,
Previ e Funcef têm adotado critérios mais rígidos para alocação em FIPs. No
caso da Petros, os investimentos estruturados somente são considerados uma
opção para diversificação da carteira do Plano Petros (PP-2), plano jovem que
possui um passivo compatível com investimentos de longo prazo. Já a Previ não
prevê investir em FIPs para 2018, mas está realizando estudos para
investimentos no segmento no médio prazo. E a Funcef revisa, atualmente, todo o
processo de investimento relacionado aos FIPs e seu impacto nos resultados
obtidos nos últimos anos.
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