SAÚDE


Cresce atendimento a crianças com problemas respiratórios em hospitais de São Paulo.

Com isolamento, sistema imunológico ficou mais fácil de ser atacado, segundo pediatra.

Mesmo fora das estações consideradas críticas, como o outono e inverno, não só os adultos, mas também as crianças estão sofrendo com problemas respiratórios.

Hospitais da cidade de São Paulo tiveram aumento na procura por atendimento médico em razão de gripes, resfriados e dor de garganta, e consequentemente a espera nos seus prontos-socorros também cresceu.

O principal culpado pela alta nos casos de viroses foi a volta ao convívio social após o longo período de confinamento provocado pela pandemia de Covid-19.

A posição da Sociedade de Pediatria de São Paulo é que o retorno às aulas presenciais deveria ter ocorrido em agosto de 2020.

As crianças não eram grandes espalhadoras do coronavírus", afirma Fausto Flor Carvalho, pediatra e presidente do Departamento de Saúde Escolar da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

"As crianças foram as primeiras a serem isoladas em casa e as últimas a saírem. Assim, o sistema imunológico fica um pouco aquém daquilo que era. 

No isolamento, a exposição a vírus e bactérias foi reduzida, e o sistema imunológico ficou mais fácil de ser atacado. Essa é a principal questão", diz o médico.

A mudança climática é outro fator. Na avaliação de Carvalho, a primavera está atípica, com mais dias frios.

O ar está muito seco no meio da tarde e com mudanças de temperatura no começo da manhã e no final da noite.

Essa combinação de ar seco durante a tarde com o mais úmido e a oscilação e amplitude térmica têm contribuído para as crianças terem quadros respiratórios. 

A mucosa nasal fica mais ressecada e sensível, o que contribui para as crianças ficarem doentes, afirma ele.



FOLHA DE SÃO PAULO
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