Europa enfrenta escassez de mão de obra e busca
estrangeiros; brasileiros são bem-vindos.
Continente vê
lacuna de profissionais técnicos e programadores.
Em meio à atenuação
da pandemia de Covid-19 e a retomada econômica, o mercado de trabalho
europeu voltou a sofrer com um problema que atormenta o continente desde o início
da década de 2010: a falta de mão de obra.
Do leste ao oeste
da Europa, a lacuna de trabalhadores já afeta, principalmente, os setores de
construção e de serviços, e governos, do Reino Unido à Dinamarca, já começam a
correr atrás de soluções para evitar uma nova freada da economia.
O contexto
ainda traz consigo o pacote trilionário aprovado pela União Europeia (UE) para
retomar a economia no pós-pandemia, o que, segundo analistas, pode aumentar
ainda mais a escassez de mão de obra.
A falta de caminhoneiros no Reino Unido é
um exemplo do problema, que transcende as fronteiras da UE.
Nos últimos dias,
britânicos têm, literalmente, brigado em filas de postos de combustíveis para
conseguir abastecer seus veículos e já relatam falta de abastecimento nos
supermercados.
Até então, grande
parte dos caminhoneiros que trabalhavam nas rodovias britânicas eram migrantes
de países vizinhos, principalmente do Leste Europeu.
Com a saída do Reino Unido da União Europeia e,
posteriormente, o fechamento das fronteiras para conter o avanço do
coronavírus, a migração de mão de obra foi reduzida.
Pensando em conter a crise, o governo do premiê Boris Johnson
anunciou que permitirá a entrada de 5.000 motoristas de caminhões-tanque e caminhões de alimentos no
país para trabalhar até o Natal.
- BRASILEIROS PREENCHEM VAGAS
Outro fator que
contribui para a imobilização do mercado de trabalho europeu é o que os
especialistas chamam de “mismatch” (incompatibilidade) entre os empregadores e
os candidatos às vagas.
Na prática, empresas europeias têm tido dificuldades
para encontrar pessoas com as qualidades necessárias para determinados
empregos; entre esses, os ligados à tecnologia da informação.
FOLHA DE SÃO PAULO