OFFICELESS
- O que é e de onde surgiu
esse termo?
Officeless é um movimento que estimula as empresas
a adotarem práticas que incentivem o trabalho autônomo dos seus funcionários e com isso, é
possível atingir melhores resultados na companhia.
A ideia inicial do termo é confiar na equipe a
ponto de utilizar o trabalho remoto como opção principal, todavia, matendo o
foco no resultado, mesmo que não da forma tradicional, em um escritório das 8h
às 18h.
Dessa forma, o movimento acredita ser possível trabalhar
em outros locais, com maior independente e conseguir atingir todas as metas e
prazos da empresa de forma otimizada.
- Home office versus trabalho presencial: o importante é o
equilíbrio
Segundo o psiquiatra Wagner
Gattaz, diretor do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP,
houve aumento de até três vezes nos quadros de ansiedade e depressão.
No caso do burnout, como é chamado o esgotamento
relacionado ao trabalho, a alta foi de 21% nos diagnósticos em relação à média
no pré-pandemia.
Pesquisa
feita pela Capterra, plataforma de busca e comparação de softwares, segundo a
qual sete em cada dez funcionários relatam sentir algum sintoma de burnout no
trabalho após migrarem para a modalidade remota: ou seja, apenas 30% disseram
que não têm sintomas de problemas emocionais em decorrência das atividades
laborais durante a pandemia.
A
sensação de solidão trabalhando em casa foi citada por 26%, enquanto a tristeza
foi apontada por 20%.
As reflexões que surgem dessa análise, portanto, passam
necessariamente pela atenção que as empresas devem dar à saúde mental dos
colaboradores.
Alguns aspectos observados nesse ano e meio foram a dificuldade
dos funcionários com questões de infraestrutura (ergonomia, oscilação na
internet), sensação de ineficiência, necessidade de adaptação sobre novas
formas de contato, administração do tempo, o dilema disponibilidade x
indisponibilidade, a competitividade mais acirrada no ambiente virtual (as
pessoas sentem que têm mais abertura e acesso ao decisor, configurando por
vezes ‘quebra da hierarquia’), entre outros.
Sobre o outro lado da moeda, por sua vez, alguns empregadores
perceberam que a produtividade não está necessariamente ligada a ter as pessoas
sob o olhar atento dos gestores, e esse é um aprendizado do qual não podemos
abrir mão e que precisa ser incorporado aos modelos de trabalho.
Entretanto, tampouco cabe querer transformar tudo em remoto. Uma ação assim
pode fazer com que as empresas percam sua “alma”, e as pessoas se esqueçam do
vínculo com a essência da organização em que atuam.
FUTURO DOS NEGÓCIOS