FUNDOS DE PENSÃO


Fundos de pensão: ficou mais difícil bater a meta

 

Com a alta da inflação tem ficado mais difícil para os fundos de pensão bater as suas metas atuariais.

Dentro do universo de 119 entidades de pequeno e médio porte com o qual a consultoria Aditus trabalha, a meta atuarial média subiu para 6,2% no primeiro semestre, ou seja, 2,2 pontos percentuais acima da rentabilidade dos investimentos no mesmo período.

Embora os números retratem o universo das entidades de pequeno e médio porte principalmente, nos grandes fundos de pensão, a realidade não é tão diferente. 


Nos maiores do país, como a Petros, a Vivest e  o Postalis,  superar as metas atuariais não tem sido nada fácil neste ano frente à pressão inflacionária.

Entre as exceções, a Previ, o maior fundo de pensão do país e que também tem a maior exposição à renda variável, conseguiu com alguma folga superar a meta no Plano 1, em que as ações correspondem a cerca de 50% do patrimônio. 

 

Com cerca de R$ 116 bilhões de patrimônio, dos quais 30% em ações, na Petros, fundo de pensão da Petrobras, nenhum dos principais planos sob administração conseguiu superar a meta de janeiro a junho, embora eles não tenham ficado muito longe do objetivo. 


A renda variável foi a única classe, entre as principais no portfólio da Petros, com rentabilidade superior à meta na primeira metade do ano, com valorização de 12,8%, ante 6,5% do Ibovespa.


Além disso, em meio à retomada das maiores economias globais, o investimento no exterior deve estrear na Petros nas próximas semanas,

No Postalis, o investimento no exterior também está no radar, com um orçamento de R$ 900 milhões para gestores buscarem as melhores oportunidades globais. 


Há o caso da Vivest, onde a alocação no exterior representa cerca de 8% do patrimônio de R$ 45 bilhões, dentro do limite de 10% estipulado pela legislação para investimentos internacionais. 


A principal aposta lá fora, diz Jorge Simino, diretor de investimentos, está em bolsas dos Estados Unidos, notadamente em negócios de tecnologia e saúde.

Os fundos de pensão têm pleiteado junto ao órgão regulador, a Previc, a revisão da norma que rege os investimentos no setor, de modo a dobrar o espaço permitido para alocação no exterior.



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