- SP tem 6 vezes mais mortes por coronavírus que
a China por dia
Quatorze pessoas morreram neste
domingo (29), entre elas dois jovens de 26 e 33 anos.
O
Estado de São Paulo chega, neste domingo (29), à contabilização de 98 mortes
relacionadas à Covid-19. Já há 1.451 casos confirmados da
doença no estado.
De
acordo com o balanço feito pela Secretaria da Saúde, estão morrendo em média
7,5 pessoas por dia desde que o primeiro óbito foi registrado, no dia 17 de
março.
Em
um intervalo similar, de 13 dias, a China teve uma média diária de 1,3 óbitos, de
acordo com o levantamento feito pelo governo.
Os
14 novos óbitos contabilizados neste domingo (29) são de pessoas atendidas na
rede particular.
A
maioria deles, 13, ocorreu na capital paulista. Uma das mortes, de um homem de
89 anos, foi em São Bernardo do Campo.
Na
capital morreram cinco mulheres (71, 84, 84, 87 e 90 anos), seis homens idosos
(60, 67, 79, 76, 63, 83) e dois jovens de 26 e 33 anos, em fase de
investigação sobre eventuais comorbidades e histórico clínico.
Até
o meio desta semana, apenas a Capital paulista registrava óbitos relacionados à
Covid-19. Agora, os municípios de Vargem Grande Paulista, Guarulhos, Taboão da
Serra, Embu das Artes, Sorocaba, São Bernardo do Campo e Ribeirão Preto também
contabilizam pelo menos um óbito.
- Latam anuncia suspensão de rotas
internacionais
Ação acontece ante as restrições de
viagens e fechamento de fronteiras pelo coronavírus.
O
Grupo Latam Airlines e suas subsidiárias anunciaram neste domingo (29) a suspensão temporária de todas suas rotas internacionais até
30 de abril.
A
medida, segundo a companhia, acontece devido as restrições de viagens e pela menor demanda
ante a pandemia do coronavírus ao redor do mundo.
Os
passageiros com voos cancelados poderão escolher entre reagendar a data do voo
ou ter o valor integral do bilhete automaticamente
mantido como crédito para futuras viagens, que poderá ser usado em até um ano
da data do voo original.
A remarcação do voo também só pode ser feita dentro um
ano depois da compra.
Segundo
a companhia, das 26 rotas que partem do Brasil, apenas estão mantidos voos
entre São Paulo e Santiago e de São Paulo para Miami e Nova York.
Voos de
Santiago para Miami e Los Angeles também vão continuar. As frequências, porém,
serão limitadas.
A
Latam afirmou, em nota, que a continuidade dessas rotas ou a reabertura das
demais dependerá de alterações nas restrições de viagem e
fechamento de fronteiras impostas pelos diferentes países onde a empresa opera,
além das condições de demanda.
Os
clientes também poderão buscar mais informações no próprio site da companhia.
- Hotel Grand Hyatt vai doar roupa de cama a
hospitais
Segundo a empresa, serão enviados
mais de 1.400 peças.
Diante da epidemia de coronavírus, o Hotel Grand Hyatt de São Paulo diz que vai doar mais de 1.400 lençóis,
fronhas e edredons para os hospitais Santa Casa de Santo Amaro, em SP, e o
Centro Médico de Especialidades Municipal Quarteirão da Saúde, em Diadema (SP).
- Eleva
tráfego na internet, mas analistas descartam apagão
Videochamadas e streaming ajudam a
elevar picos de consumo de dados no Brasil.
As maiores operadoras do país
liberaram conteúdos de TV e streaming e anunciaram bônus de dados no celular.
O
Globoplay, serviço de streaming da Globo, limitou o volume de dados trafegados
em seus vídeos para evitar colapso de infraestrutura.
O Facebook, dono do WhatsApp, dobrou a capacidade dos
servidores para seu aplicativo de conversa, líder entre os
mensageiros no Brasil.
O isolamento social imposto pelo novo coronavírus tem alterado o comportamento de diversas redes nos países
mais afetados.
No Brasil, o IX.br (Brasil Internet Exchange)
—responsável pelos pontos públicos de troca de tráfego entre operadoras—
divulgou um pico histórico há dez dias. Ele já foi superado.
Em São Paulo, o pico de uso subiu 25%
em relação ao nível de três semanas atrás. Isso demonstra que redes antes
ociosas, como as residenciais, estão superutilizadas.
Apesar de ser comumente atribuído a serviços de streaming e ao YouTube (onde estão
as crianças durante a quarentena), a novidade do cenário de confinamento é a
enxurrada de chamadas de voz no celular ou videoconferências, como as feitas pelo Zoom ou pelo Skype.
O tráfego desse tipo de conteúdo
passa por redes chamadas ponto a ponto (P2P), que dependem mais da
infraestrutura como geral do que a transmissão de conteúdos da Netflix ou do
Youtube.
O problema
está nos operadores que não se prepararam para um pico de demanda do tipo, que parecia improvável antes da
quarentena, quando as pessoas não
usavam a totalidade da banda contratada em seus pacotes de internet.
O risco de
colapso ou apagão, entretanto, não é uma preocupação entre analistas.
Engenheiros de grandes operadoras
brasileiras trabalham no redimensionamento das conexões.
Muitos provedores
regionais também estão dobrando a velocidade e consideram fornecer descontos
aos clientes.
Há relatos, entretanto, de empresas aflitas porque não há banda
para suprir a demanda que venderam.
"Congestionamento e falência de
rede não vimos.
O problema está nas redes de periferia, que não são tão
robustas como a de uma na região da Paulista ou da Berrini",
diz Luciano Stutz, presidente da Abratel (Associação Brasileira de
Infraestrutura para as Telecomunicações).
Por ora, segundo ele, as redes de
regiões mais centrais estão dando conta.
FOLHA DE SÃO PAULO