A
regulamentação do seguro de longevidade permitirá que os fundos de pensão
terceirizem o risco de ter custos extras caso seus beneficiários vivam mais que
o previsto.
O
mercado aguardava a resolução da Susep, órgão regulador das seguradoras, há
dois anos. Com as normas, publicada na quarta-feira (3), as entidades poderão
formular seus planos de cobertura.
O
aumento da expectativa de vida deverá ampliar em até 15% o valor necessário
para pagar os benefícios, em um prazo de 20 anos, calcula Evandro Oliveira,
diretor da Willis Towers Watson.
A
maioria dos fundos prevê cobertura até os 85 anos, para mulheres, e 83 anos,
para homens, diz Roberta Porcel, da corretora Aon. "O que extrapolar a
idade passará a ser coberto pelo seguro."
Um
dos problemas do modelo atual é que as empresas de capital aberto precisam
contabilizar em seus balanços as reservas de risco dos fundos de seus
funcionários.
"Todo
ano as projeções de longevidade são atualizadas e geram um custo
adicional", afirma Luiz Brasizza, vice-presidente da Abrapp (entidade do
setor) e diretor da Volkswagen Previdência Privada.
Em 2016, os fundos tiveram deficit de R$ 71,7 bilhões. O rombo, porém,
está concentrado em dez planos e é atribuído a suspeitas de fraude e má gestão
em fundos de empresas estatais
UOL