Veja a melhor aposentadoria do INSS para quem tem
40, 50 ou 60 anos.
Análise mostra como
a reforma da Previdência afeta gerações e aponta opções.
Desde a reforma da
Previdência, em novembro de 2019, trabalhadores interessados em planejar suas
respectivas aposentadorias precisam pensar em ao menos sete regras de acesso aos benefícios comuns (por idade ou
tempo de contribuição), além dos sistemas especiais para públicos
específicos como deficientes e empregados em atividades insalubres, rurais e da
educação.
Diante do desafio
que se tornou o planejamento previdenciário, o escritório Bocchi Advogados
Associados produziu uma análise sobre como segurados do INSS nascidos entre
1960 e 1980 poderão se enquadrar nessas regras.
A análise não é uma
fórmula exata, mas aponta caminhos e faz alguns alertas sobre os principais
pontos a serem observados por trabalhadores que estão nas casas dos 40, 50 e 60
anos de idade.
O público de 60
anos é classificado pelo autor da análise, o advogado previdenciarista Hilário
Bocchi, como a “geração do direito adquirido”.
Os sessentões têm
em comum elevados períodos de contribuição e, caso ainda não tenham se
aposentado pela antiga aposentadoria por tempo de contribuição, possivelmente
já têm direito a esse benefício.
Mas eles devem
ficar atentos à possibilidade de se beneficiar do que Bocchi chama de “milagre
da aposentadoria”, que é a regra criada pela reforma que permite descartar
contribuições com valores baixos no cálculo da média salarial que dará origem à
aposentadoria.
“O governo
certamente tentará fechar essa brecha, mas isso não é fácil porque é necessário
modificar a legislação”, diz Bocchi.
“Enquanto isso, quem tiver a chance poderá até dobrar a aposentadoria com
uma única contribuição sobre o teto da Previdência”, comenta.
O milagre
mencionado por Bocchi, porém, só é acessível para beneficiários que podem se
aposentar com idade mínima e possuem contribuições suficientes para descartar a
maior parte delas e ainda manter a carência de 15 anos de recolhimentos.
As regras de
transição da reforma tinham como principal foco os trabalhadores na casa dos 50
anos e, por isso, é esse público que terá ao longo dos próximos anos a
possibilidade de alcançar a maior parte dos requisitos de diferentes sistemas
de acesso à aposentadoria.
60 ANOS
Pessoas nascidas
nos anos 1960 ou antes, em geral, começaram a trabalhar mais cedo, trocaram
pouco de emprego e costumam ter poucos períodos sem contribuições ao INSS.
50 ANOS
Os cinquentões
possuem, em média, tempo intermediário de contribuição, cerca de 25 anos
(mulheres) e 33 anos (homens) e por isso poderão entrar nas regras de transição
da reforma da Previdência.
40 ANOS
Quem está beirando
os 40 ou acabou de passar dessa idade levou a pior na reforma da Previdência.
Esse grupo ficou
longe de quase todos os benefícios previdenciários programáveis e, com raras
exceções, cairá nas idades mínimas de:
- 62 anos - Mulheres
- 65 anos - Homens
AGORA