Decretada em
outubro do ano passado e com prazo para se encerrar neste mês de abril, a
intervenção no Postalis foi prorrogada por mais 180 dias, em decisão tornada
pública ontem com a publicação no Diário Oficial de portaria da Previc.
Diz a portaria que
a intervenção na entidade ocorre pelo descumprimento por parte da fundação das
normas relacionadas à contabilização de reservas técnicas e aplicação de
recursos. Além disso, a autarquia instaurou uma Comissão de Inquérito
Administrativo para apurar responsabilidades específicas de seus
administradores e conselheiros em eventuais irregularidades.
Os trabalhos da
comissão também foram prorrogados.
Ao dar a notícia
em sua edição desta terça-feira (3), porém, o jornal O GLOBO
traz uma entrevista com Luiz Alberto Barreto, diretor financeiro afastado do
Postalis e que contesta a intervenção. Eleito pelos funcionários em 2016, diz
que teve o mandato cassado sem o devido respeito ao contraditório. Afirma que
foi ele quem denunciou as irregularidades e que a intervenção está servindo
apenas para esconder as falhas e o atraso da autarquia em tomar uma atitude,
além de beneficiar os responsáveis pelos prejuízos. Lembrou ter a atual gestão
desistido de uma ação bilionária nos EUA contra o BNY Mellon, algo a seu ver
injustificado.
Barreto diz já ter
pedido para ser chamado pela Previc, mas que nunca foi ouvido. A autarquia, por
sua vez, informou ao jornal que não trata publicamente de casos específicos e
que a intervenção segue os trâmites legais.
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