Uma
das maiores operações do gênero na história do país, a privatização da
Eletrobras vai ocorrer entre setembro e dezembro de 2018, diz Wilson Ferreira
Júnior, presidente da estatal, à coluna. A coincidência com as eleições para
presidente no Brasil não prejudicará a atratividade da emissão de ações,
afirma.
"Nem investidores estrangeiros, nem
brasileiros veem problema. Se tem uma oportunidade em um negócio de 30 anos,
não tem nada a ver com eleição. Não tenho dúvida de que há interesse, porque
são as últimas [usinas] no país. Depois delas, o mapa fica quase
completo."
A privatização encontra resistência na Câmara
e no Senado, inclusive de membros da base do governo.
"Se ela não ocorrer, vende-se usina a
usina. A Eletrobras ficaria com todos os custos e perderia a capacidade
instalada de 14 mil megawatt-hora (MWh), uma Itaipu. A Eletrobras aguenta?
Duvido."
A troca de mãos da empresa será feita por
aumento de capital. O governo não colocará recursos, sua fatia na companhia
diminuirá, e ele perderá o controle societário.
A União terá uma "golden share",
que lhe dará o voto decisivo em temas estratégicos. A desestatização vai
incluir Chesf e Furnas, frisa.
O projeto de lei será encaminhado na semana
que vem, diz. "Essa é a agenda do ministro [Fernando Coelho Filho, das
Minas e Energia.]
FSP