LONGEVIDADE


Preconceito contra os idosos ainda não tem força para despertar o ativismo.

O antropólogo Roberto DaMatta, tornou público notícia de que um professor, de universidade privada, foi forçado a se afastar ao sofrer pressão por sua idade.

DaMatta só estranhou que o tal professor não tivesse recebido qualquer tipo de apoio ao sofrer esse tipo de preconceito explícito. Ninguém se mexeu.

O apoio, na forma de ruidosas manifestações de indignação contra um episódio de descarado preconceito, prossegue DaMatta, muito provavelmente teria vindo se o caso motivasse o ativismo envolvendo diferenças sociais, de cor e de gênero.

O caso mostra que o etarismo ainda não tem força para motivar protestos.

Paralelamente, a notícia de que as mudanças climáticas continuam a ter impacto na saúde e mortalidade globalmente, de acordo com estudo produzido por equipe internacional formada por 114 pesquisadores. 

Uma das descobertas mais contundentes é que as mortes relacionadas com o calor de pessoas com mais de 65 anos aumentaram 85% desde a década de 90.

As pessoas nessa faixa etária são especialmente vulneráveis a risco para a saúde, como a insolação.

Vale dizer ainda que o estudo será discutido em evento da ONU no final deste mês.



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