DÓLAR SOBE 1,6%


Em dia negativo para emergentes, o dólar subiu 1,6%, a R$ 4,069, maior patamar desde 20 de maio. 

Nesta segunda-feira (19), a moeda americana voltou a ganhar força internacional com o temor de uma nova recessão econômica.

No Brasil, o movimento de alta também conta com a saída de investidores estrangeiros. Dentre uma cesta de emergentes, o real foi a segunda moeda que mais se desvalorizou, atrás apenas da lira turca. 

O Ibovespa também foi pressionado e recuou 0,33%, a 99.468 pontos, terceiro pregão abaixo do patamar dos 100 mil pontos. No ano, o fluxo de estrangeiros do mercado de ações brasileiro está negativo em R$ 19 bilhões. 

A inversão da curva de juros de longo e de curto prazo nos Estados Unidos, indício de recessão econômica, e desaceleração da economia global levam investidores a migrarem de ativos de risco, como emergentes, para produtos mais seguros, como títulos do governo americano, ouro e dólar.

Neste ano, até o dia 9 de agosto, a saída de recursos do Brasil supera a entrada em US$ 2 bilhões. No mesmo período de 2018, o saldo era positivo em US$ 29 bilhões.

“Essa porrada de 1,6% de alta hoje é uma continuidade de um movimento de aversão a risco. 

Além disso, faz tempo que não temos fluxo financeiro vindo para cá. Isso é um resultado da saída dos estrangeiros do país”, diz Fernanda Consorte, economista-chefe do Banco Ourinvest.

Segundo o Banco Central, o movimento de empresas sediadas no Brasil de buscar dólares para quitar dívidas em moeda estrangeira está entre os fatores que contribuíram para a alta recente da moeda norte americana.

Para conter o movimento, o BC irá vender dólar, das reservas internacionais, à vista a partir desta quarta (21) por uma semana. 



FOLHA DE SÃO PAULO
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