Câmara aprova prorrogação até 31 de julho do prazo
para entrega do Imposto de Renda de 2021.
Deputados,
porém, mantiveram o cronograma de restituição do IR, com primeiro lote marcado
para 31 de maio.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira
(30) a prorrogação, até 31 de julho, do prazo de entrega da declaração de Imposto de Renda de pessoas
físicas em 2021, referente ao ano-calendário de 2020, mas manteve o cronograma
de restituição do IR, com primeiro lote marcado para 31 de maio.
O projeto, de autoria do deputado Rubens Bueno
(Cidadania-PR), foi aprovado em votação simbólica e segue para o Senado.
A princípio, o prazo para entrega do IR de pessoas
físicas termina em 30 de abril.
Além da prorrogação e de manter o calendário da
restituição, o texto estabelece que o recolhimento da cota única ou das cotas
vencidas de Imposto de Renda não poderá sofrer acréscimo de juros ou penalidade
até o novo prazo.
O relator do texto, deputado Marcos Aurélio Sampaio
(MDB-PI), afirmou que o objetivo da prorrogação era permitir que os
contribuintes pessoas físicas possam se programar para cumprir suas obrigações
tributárias, o que aumentaria a “confiança e legitimidade dos serviços
prestados pelo Fisco federal.”
O autor do projeto pediu a aprovação do texto e
afirmou que não prejudicaria em nada a Receita. “Até porque aqueles que já
declararam vão receber a partir de maio.
A devolução se mantém”, disse Rubens
Bueno.
“Mas para aqueles que vão declarar e que precisam ainda de algum
documento ou precisam fazer alguma circulação em busca dessa papelada, isso
fica prorrogado por 90 dias.”
A multa para o contribuinte que não fizer a declaração ou entregá-la fora do prazo
será de, no mínimo, R$ 165,74. O valor limite para a cobrança da penalidade é
de 20% do imposto devido.
São obrigados a declarar o Imposto de Renda todos
aqueles que, em 2020, tiveram renda tributável superior a R$ 28.559,70 ou renda
isenta não tributada ou tributada na fonte acima de R$ 40 mil.
A expectativa da Receita é que sejam entregues 32
milhões de declarações neste ano, número similar ao do ano passado.
Segundo o
fisco, desse total, 60% devem ter direito à restituição. A estimativa é que 21%
não tenham imposto a pagar ou restituir, enquanto 19% deverão pagar imposto.
FOLHA DE SÃO PAULO