CONVÊNIOS MÉDICOS


REPRESENTANTE DE OPERADORAS DEFENDE MODELO

Para Dyogo Oliveira, da CNseg, ampliação de base de beneficiários poderia reequilibrar custos do setor e reduzir valor do serviço; ele estima que 40 milhões de brasileiros poderiam ser incluídos no mercado de convênios médicos além dos 50 milhões que já possuem o benefício

O total de brasileiros que possuem plano de saúde voltou a crescer, chegando ao número recorde de 50,7 milhões em maio, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).


No acompanhamento da série histórica, porém, o volume de clientes da saúde suplementar mantém tendência de estabilidade na última década, sempre na casa dos 25% dos brasileiros. 


Ampliar de maneira significativa essa base de usuários é uma das soluções apontadas por Dyogo Oliveira, diretor-presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), para reequilibrar a situação financeira das operadoras e aliviar o bolso dos consumidores, que vêm reclamando de mensalidades cada vez mais caras.

 

Economista e ex-ministro do Planejamento, Oliveira afirmou, em entrevista ao Estadão, que, além dos 50 milhões de clientes de planos, há 40 milhões de brasileiros que já utilizam algum tipo de serviço popular de saúde privada, como cartões de consultas, e que poderiam ampliar a base de beneficiários dos convênios médicos se houvesse uma flexibilização no tipo de produto oferecido.

 

“É exatamente a ampliação (do número de beneficiários) que vai permitir uma redistribuição do custo e, com isso, o custo médio fica menor. 


A população tem grande interesse em ter o plano de saúde, mas a gente precisa ter uma legislação e regulação adequadas”, disse.

 

Ele defende uma legislação que permita ofertar planos com coberturas limitadas a preços menores, por exemplo produtos que ofereçam somente consultas e exames.

 

A proposta já chegou a ser discutida no Legislativo e até apoiada pelo então ministro da Saúde e hoje deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) em 2016, mas não foi para frente após forte oposição principalmente de entidades de defesa do consumidor.



O ESTADO DE SÃO PAULO
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