Liberação de viagem aos EUA chega em momento de
câmbio desfavorável e turista apertado.
Solavancos da
vacinação no Brasil também geram dúvidas sobre retomada.
O anúncio feito
pela Casa Branca nesta segunda (20) de que os viajantes do Brasil, se estiverem vacinados, poderão
entrar nos EUA foi celebrado no setor de turismo, mas os solavancos
da imunização por aqui ainda geram insegurança.
A abertura é vista
como impulso capaz de deslanchar a retomada das viagens internacionais.
O
problema é que polêmicas como a suspensão da vacina de adolescentes ameaçam
esse respiro porque inviabilizariam as viagens de famílias com filhos à Disney,
por exemplo.
A notícia também
chega em um momento de aperto para o turista brasileiro e câmbio desfavorável
às viagens.
Para Sylvio Ferraz, diretor-executivo de produtos da CVC, o brasileiro não perdeu o interesse pelos EUA,
mas pode cortar custos com estadia e reduzir a duração da viagem.
Pelas estimativas de Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, os
números do mercado aéreo internacional devem subir já em outubro, como
consequência da reabertura de alguns países europeus, e darão um novo salto em
novembro com a liberação americana.
Executivos do setor afirmam que a sinalização é positiva mas
ainda faltam detalhes.
O cenário deve ficar mais claro nos próximos dias.
Ainda
há dúvidas sobre quais vacinas serão aceitas, as datas exatas da liberação e se
os menores de idade precisarão estar vacinados.
FOLHA DE SÃO PAULO