Políticas de apoio na pandemia mantiveram mulheres
na força de trabalho em países ricos.
Segundo pesquisa,
participação feminina aumentou em Austrália, Dinamarca, Noruega e Reino Unido
A participação das mulheres no mercado de
trabalho em alguns dos países
mais ricos do mundo caiu durante a pandemia do coronavírus, mas aumentou
naqueles que desenvolveram programas de apoio às mulheres durante a quarentena.
Estudo do PIEE (Instituto Peterson de Economia
Internacional) mostrou que, enquanto nos Estados Unidos, no Canadá, no Japão e
na Coreia do Sul, a diferença entre a participação de homens e mulheres ficou 0,8 ponto percentual maior em setembro na
comparação com janeiro, a desigualdade caiu 0,5 ponto percentual na Austrália,
na Dinamarca, na Noruega e no Reino Unido.
No grupo de
países onde a diferença diminuiu, Dinamarca, Noruega e Reino Unido apresentaram
maior queda na presença de homens no mercado de trabalho do que na de mulheres.
Já na Austrália, a participação feminina se recuperou com mais força do que a
masculina.
Conforme o levantamento, esses países implementaram programas de
suporte a negócios com forte presença de mulheres, ofereceram apoio a creches e
outros serviços infantis durante a crise.
Enquanto isso,
no Canadá e na Coreia do Sul, tanto a participação feminina como a masculina
tiveram queda no início da crise da Covid-19. Porém, em outubro, a presença de
homens no país norte-americano ultrapassou a registrada antes da pandemia, mas
a de mulheres não havia se recuperado.
O PIEE atribui o aumento da disparidade nesses lugares a danos causados pela crise do
coronavírus em setores que empregam mais mulheres, como varejo, restaurante e
hotelaria.
FOLHA DE SÃO PAULO