MERCADO FINANCEIRO


Bolsa passa por queda livre depois de alcançar máxima desde fevereiro.

📊 Ibovespa: -0,14% (113.589 pontos)

💵  Dólar: -0,02% (R$ 5,12)

Resumão:

️ Depois de se esquivar das quedas globais em boa parte do dia, Ibovespa passa por reviravolta e perde os 114 mil pontos;
️ bolsas globais têm dia de mau humor com aumento de casos de coronavírus;
️ Brasil tem a mais alta média diária de mortes por COVID-19 em dois meses.

Depois de resistir ao pessimismo das bolsas gringas e ultrapassar os 114 mil pontos pela primeira vez desde fevereiro, o Ibovespa passou por uma reviravolta dolorosa nesta segunda-feira (7). 

Bastaram 20 minutos para que o principal índice da Bolsa afundasse 2 mil pontos.

Pausa na euforia

Apesar das notícias sobre potenciais vacinas contra COVID-19, boa parte das bolsas globais ficaram no vermelho – cada região com um gatilho diferente, mas todas preocupadas com o aumento de casos da doença.

Por exemplo, nos Estados Unidos, o mercado financeiro repercutiu o lockdown parcial decretado por autoridades da Califórnia diante dos mais de 30 mil novos casos de coronavírus registrados na véspera na região. 

O clima miou ainda mais com a informação publicada na agência Reuters de que os EUA estariam preparando sanções econômicas contra autoridades chinesas.

Plot twist.

O motivo: segundo informações da agência de notícias Broadcast, as despesas financiadas com receitas desvinculadas ficarão de fora do teto de gastos por um ano.

Traduzindo, as receitas desvinculadas fazem parte de um mecanismo chamado Desvinculação de Receitas da União (DRU) que, na prática, permite que o governo federal aplique os recursos destinados a áreas como educação, saúde e previdência social em qualquer despesa considerada prioritária, de acordo com a Agência Senado

“As receitas desvinculadas dos fundos poderão ser usadas para projetos e programas voltados à erradicação da pobreza e investimentos em infraestrutura que visem à reconstrução nacional com prioridade à implantação e conclusão de rodovias e ferrovias, além da interiorização de gás natural produzido no Brasil”, informou o Broadcast.

Uma fonte anônima afirmou ao InfoMoney que “a notícia foi entendida nas corretoras como uma ‘pedalada fiscal’” – manobra contábil que governos usam para cumprir metas fiscais.

O ocorrido mostra na prática, cara leitora, como o mercado financeiro também é movido por notícias e expectativas.

Mais tarde, o Ministério da Economia declarou ao site via nota que “que é contra flexibilizar o teto, mesmo que temporariamente”, o que ajudou a acalmar os ânimos do mercado.

Entre as ações que mais sofreram o baque estão a da Petrobras, que pesam bastante na carteira teórica do Ibovespa, já que os investidores preferiram realizar os lucros antes que o caldo engrosse. 

Do lado da valorização ficaram os papéis da Vale, com alta do preço do minério de ferro, e dos bancões, graças a análises como a do Morgan Stanley, que apontaram que 2021 será mais promissor para as empresas financeiras nacionais.



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