Postalis: Denúncia contra BNY Mellon no Brasil e nos Estados Unidos


Christian Perillier Schneider, Diretor Financeiro do Postalis, fundo de pensão de 130.000 funcionários dos correios do Brasil, anunciou ontem a apresentação de denúncia contra BNY Mellon nos foros do Brasil e dos Estados Unidos, acusando o BNY Mellon de fraude e violação das Diretrizes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (“OCDE”) para Empresas Multinacionais. Juntaram-se à ação da Postalis duas organizações que representam os trabalhadores dos correios do Brasil, o SINTECT no Estado do Tocantins, e a FINDECT. Postalis é representada pelo escritório jurídico de Bart S. Fisher.

As Diretrizes da OCDE fornecem princípios e padrões para uma conduta responsável nos negócios e são o único código abrangente e endossado multilateralmente que os governos se comprometem a promover.

O BNY Mellon atuou como administrador fiduciário e gestor de fundos para a Postalis, que sofreu perdas de US$1.5 bilhões de 2011 a 2016, em grande parte como resultado das atividades de Mellon, segundo alega a Postalis na ação.

“Mellon não fez a auditoria devida, não forneceu a devida informação à Postalis sobre os investimentos em seus fundos de pensão, desrespeitou os critérios rigorosos do fundo de investimentos, não implantou os sistemas de controle necessários para combate à fraude e atividades impróprias e fez sérias declarações falsas à Postalis”, afirmou Schneider. “Estas atividades fraudulentas prejudicaram os participantes da Postalis, os funcionários dos correios do Brazil e suas famílias”, segundo Schneider.

“Confiamos que esta ação possa dar à Postalis a oportunidade de resolver nossas diferenças com o Mellon e proporcionar um futuro mais animador para os funcionários dos correios do Brasil“, disse Schneider.

José Rivaldo da Silva, Secretário Geral da FINDECT, e José Aparecido Rufino, Secretário Geral do SINTECT no Estado do Tocantins, declarou: “O BNY Mellon descumpriu seu dever de lealdade ao permitir, de forma fraudulenta, que nossos fundos de pensão fossem esvaziados, e estamos preparados para tornar conhecida esta nossa questão, através de protestos públicos no Brasil, e de outros meios. Essa não é só uma questão de dinheiro: é uma questão de justiça social.   



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