O
governador Luiz Fernando Pezão e os demais chefes dos Executivos estaduais vão
se reunir na próxima quinta-feira (13/10), em Brasília, para discutir a
construção de uma proposta conjunta de reforma da Previdência. O resultado do
encontro será apresentado ao governo federal com o objetivo de contribuir para
a proposta final que será encaminhada ao Congresso Nacional.
Pezão
alerta que a situação da Previdência nos estados é muito grave e, se medidas
não foram tomadas, em pouco tempo, não haverá dinheiro para pagar as
aposentadorias.
"O
modelo está errado. Se não for corrigido, vai quebrar por completo. A
legislação é basicamente federal. Esse é o momento de corrigir o sistema. As
despesas previdenciárias são o grande problema hoje dos estados e da União. A
reforma é fundamental para o futuro dos estados e do país", defende Pezão.
Uma das
sugestões que será levada pelo Rio para o encontro é a criação de um fundo
destinado ao pagamento dos aposentados e pensionistas.
"Temos
de arranjar uma forma de obter recursos para compor esse fundo. Não dá
mais para esperar", afirma Pezão.
No
Estado do Rio, o déficit previdenciário este ano chega a R$ 12 bilhões. Entre
2007 e 2016, a folha de pagamento de aposentados e pensionistas cresceu mais de
200%, passando R$ 5 bilhões para R$ 17,2 bilhões. As contribuições dos
servidores correspondem a pouco mais de 25% das despesas previdenciárias.
Várias medidas já foram tomadas pelo Estado do
Rio para sanear o problema, mas todas são de longo prazo e terão efeito dentro
de 20 anos. Em 2012, por exemplo, o governo do estado criou a previdência
complementar para os servidores. As principais regras previdenciárias, no
entanto, são federais.
Jornal do Brasil