A manchete grita na
primeira página da FOLHA DE S. PAULO: “Rabello, do
BNDES, avalizou negócio que prejudicou o Postalis”. Apesar da referência ao
banco de fomento, o jornal dois parágrafos abaixo reconhece que o fato narrado
aconteceu antes de Rabello assumir o cargo no governo.
Diz o jornal que Rabello respaldou
investimentos que resultaram em perda de R$ 109 milhões ao fundo de pensão dos
Correios. Segundo o relatório da Operação Pausare, do MPF e da Polícia Federal,
o Postalis considerou pareceres feitos pela empresa SR Rating, de Rabello, para
aplicar em CCIs emitidas pela Mudar Master II Participações em 2010 e no ano
seguinte. Nenhuma parcela dos juros ou amortização dos títulos foi honrada,
sendo que Rabello era também integrante do comitê responsável pela análise dos
investimentos. A SR Rating afirma ter feito “alertas sobre a deterioração da
qualidade do crédito”.
Sobre esse mesmo assunto, o VALOR ECONÔMICO adianta que a defesa do banco BNY
Mellon pretende concentrar a sua defesa na responsabilização dos membros do
Comitê de Investimentos do Postalis e na falta de conhecimentos técnicos por
parte dos policiais e procuradores, do que resultaram falhas técnicas na
investigação conduzida pelo Ministério Público e Polícia Federal. Os advogados
do banco argumentam que a operação “Pausare” se baseou quase que exclusivamente
em informações da CPMI dos Fundos de Pensão e em relatórios da Previc, que a
seu ver não poderiam ser considerados isoladamente em uma investigação
criminal.
A investigação mostrou que o Mellon
participou de pelo menos 3 operações altamente prejudiciais ao Postalis, nas
quais foram investidos R$ 523 milhões. A maior delas foi a compra por R$ 223,4
milhões de cotas do fundo ETB, sendo que de acordo com a PF esses recursos
dificilmente serão recuperados.
Noticias Ancep