Os professores
Samuel Pessôa e Carlos Eduardo Gonçalves (FGV e FEA/USP), a partir de dados
recentemente divulgados pelo FMI sobre Previdência como proporção do PIB
concluem em estudo que numa amostra de 101 países o Brasil é o segundo em
gastos previdenciários, só tendo à frente a Ucrânia.
Em um segundo
passo do estudo, os professores encontraram que o excesso de gasto
previdenciário em 7 pontos percentuais do PIB explica a redução da poupança
privada em 2 p.p do PIB e da poupança do setor público em 3 p.p do PIB.
Ou seja, se o
gasto brasileiro fosse em linha com a média das economias, nossa taxa de
poupança em vez dos 15% o PIB seria em torno de 20%.
O Ministro da
Fazenda, Eduardo Guardia, e o Secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, se
reuniram com assessores dos presidenciáveis para lhes apresentar dados segundo
os quais, sem a reforma da Previdência o ajuste fiscal não será possível,
empurrando o País para uma situação de alto risco. Daí que, na opinião dos
dois, o desejável é que as mudanças ao menos começassem a ser discutidas e
talvez, se possível, até mesmo começassem a ser aprovadas este ano pelo
Congresso Nacional.
FOLHA DE SÃO PAULO