MICROEMPREENDEDORES


De cada 10 empresas abertas no Brasil em 2020, 8 foram MEIs.

Ministério da Economia vê nos microempreendedores um dos pilares da retomada pós-Covid.

O Brasil abriu 3,3 milhões de empresas em 2020, um aumento de 6% em relação a 2019. Os números mostram o avanço durante a pandemia dos microempreendedores individuais (os MEIs), que responderam por 79,3% dos novos CNPJs.

Os MEIs representaram 56,7% das 19,9 milhões de empresas ativas no Brasil ao fim de 2020 (o número considera CNPJs ativos, não considerando se estão com atividades em funcionamento ou não).

O Ministério interpreta que o crescimento dos microempreendedores decorre de fatores como uma busca por medidas emergenciais do governo (como as de crédito a empresas) e a demanda observada a partir da mudança de comportamento de consumo da população.

Gleisson Rubin, secretário-adjunto de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, afirma que há evidências de mudanças no padrão de consumo influenciando a abertura de empresas, principalmente na prestação de serviços e comércio na forma de delivery (como entrega de alimentos).

O comércio digital mostrou crescimento em todo o mundo após a pandemia e as medidas de distanciamento. 

No Brasil, estimativas do Ministério da Economia apontam que a modalidade tenha avançado mais de 40% no ano passado.

Os dados mostram que o número de empresas abertas em 2020 foi puxado por comércio varejista de vestuário e acessórios; promoção de vendas; cabeleireiros, manicure e pedicure; e fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar

Apesar da abertura de empresas em 2020, o crescimento de 6% no total representa uma desaceleração em relação a anos anteriores. Em 2019, houve crescimento de 20,3% nos CNPJs brasileiros. De 2017 a 2019, a média era de avanço anual de 15,8%.

O mesmo é observado com relação a MEIs, que, por outro lado, tiveram um avanço maior que o das empresas em geral. Houve avanço de 8,4% nos CNPJs de MEIs no ano passado. 

Em 2019, o percentual era de 23,9%. 

De 2017 a 2019, a média era de 19,2%.



FOLHA DE SÃO PAULO
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