Diretores de estatais têm remuneração de até R$ 2,9
milhões ao ano.
Levantamento
do governo mostra que salário médio de empregados de empresas públicas chega a R$
31 mil.
Levantamento divulgado nesta sexta-feira (20)
pelo Ministério da Economia aponta que
gestores de empresas estatais têm remunerações que alcançam R$ 2,9 milhões ao
ano, o que equivale a uma renda mensal de aproximadamente R$ 240 mil.
No caso dos empregados concursados das companhias
públicas federais, o salário mensal médio por estatal chega a R$ 31,3 mil.
Os números fazem parte do Relatório Agregado das
Empresas Estatais Federais, elaborado pela secretaria de Desestatização
do Ministério da Economia, órgão que cuida das
privatizações do governo.
O documento reúne dados sobre patrimônio, receitas,
pessoal e salários em 46 estatais de controle direto da União.
O pagamento mais alto entre as companhias listadas
está na Petrobras.
O valor médio da remuneração anual de um diretor executivo
foi de R$ 2,9 milhões em 2019, segundo o relatório.
No Banco do Brasil, a remuneração média individual
na diretoria executiva é de R$ 1,6 milhão ao ano.
No caso da Eletrobras, um
diretor executivo recebe em média R$ 1 milhão ao ano. No Banco do Nordeste, o
pagamento anual para a mesma função é de R$ 958 mil.
Na Caixa Econômica Federal, por exemplo, o
presidente Pedro Guimarães tem um salário mensal fixo de R$ 56 mil, mas recebe
remuneração variável que chega a R$ 450 mil ao ano.
No BNDES, o salário do
presidente Gustavo Montezano é de R$ 80,8 mil mensais, além de até R$ 242 mil
anuais em remuneração variável.
No topo do ranking das estatais com o maior salário
médio para empregados está a PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A.), que atua na gestão
da produção de óleo e gás natural no pré-sal.
Em média, seus funcionários
recebem R$ 31,3 mil por mês. A companhia é alvo do plano de privatização do
ministro Paulo Guedes (Economia).
Em segundo lugar, está o BNDES, com salário mensal
médio de R$ 29 mil para os empregados.
A terceira posição das maiores
remunerações médias fica com a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales
do São Francisco e do Parnaíba).
A Codevasf é dependente da União. Isso significa
que as receitas não são suficientes para seu sustento e o Tesouro precisa fazer
aportes de recursos para manter o funcionamento.
Entre 2015 e 2019, o governo
teve de repassar R$ 2,7 bilhões para a companhia.
FOLHA DE SÃO PAULO