A
proximidade de uma reforma do sistema público de previdência do Brasil deve
ajudar a acelerar a captação líquida de recursos no mercado de previdência
complementar em 2017, previu nesta sexta-feira o presidente da entidade que
representa o setor, Fenaprevi, Edson Franco. A previsão do órgão é de as
captações neste ano avancem de 22% a 24%. Para o ano que vem, a expectativa é
de que o ritmo suba para pelo menos 25%.
— Não
esperamos uma avalanche nas captações, até porque os níveis de renda e de
emprego não estão ajudando muito, mas deve acelerar com certeza — disse Franco
durante encontro de executivos do setor de seguros com jornalistas.
A
previdência complementar deve seguir como um dos carros-chefes do setor de
seguros no país, que tem perdido força, mas ainda crescido, ao contrário da
maioria dos setores da economia, atropelados pelos dois anos de recessão do
país, disse o presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros
Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg),
Marcio Coriolano.
— O
mercado segurador conseguiu mostrar certa resiliência — disse Coriolano no
encontro.
Segundo o
executivo, o setor de seguros deve fechar 2016 com alta de cerca de 9% no
volume de prêmios emitidos. Para o ano que vem, quando se espera que o Brasil
saia da recessão, a expectativa é de alta de 9% a 11%.
Além da previdência, uma das apostas do setor para o
ano que vem é a expansão do seguro-garantia, muito usado para grandes obras,
diante da expectativa de que o governo federal deslanche um pacote de
concessões de infraestrutura.
O Globo