O
jornalista Lauro Jardim dedica a primeira nota de sua coluna de domingo no
jornal O GLOBO à informação de que o governo, ainda que não admita
publicamente, já não acredita mais na aprovação da reforma da Previdência e
pensa no que se pode fazer para amenizar o impacto disso sobre os mercados.
A
propósito, exatamente porque a reforma não anda é que Samar Maziad,
Vice-presidente da Moody´s, diz ser bastante provável o rebaixamento da nota
brasileira ainda neste primeiro semestre. O mesmo jornal, no domingo, saltou
editorial advertindo para as graves consequências disso e apelando para que a
reforma seja aprovada.
Temerosos
de que a reforma aconteça, noticia a revista ISTOÉ, 21.371 servidores
federais pediram aposentadoria entre janeiro e novembro do ano passado, o maior
número desde 1998 e que representa um crescimento de 46,7% em relação aos
primeiros 11 meses de 2016.
Mas
os jornais de hoje trazem novidades como, por exemplo, uma entrevista concedida
pelo Presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, à FOLHA DE S. PAULO, na qual
diz acreditar que o estabelecimento de uma idade mínima de aposentadoria já
seria “um consenso entre os brasileiros”. Afirma também que “a reforma da
Previdência vai acontecer neste ou no próximo governo”.
O
mesmo jornal noticia que o governo, se fracassar na tentativa de fazer a
reforma da Previdência ser aprovada em fevereiro, cogita tentar outra vez em
novembro. A favor dessa possibilidade conta a certeza de que boa parte dos
parlamentares não conseguirá se reeleger e, portanto, perderá o medo de
desagradar o eleitor votando a favor do projeto do governo. Além disso, a
tarefa poderá ser simplificada caso o próximo Presidente da República seja
alguém próximo das teses liberais.
Em
outra página, o mesmo jornal registra a intenção do governo de gastar mais R$
50 milhões na campanha publicitária em favor da reforma, além dos R$ 103,5
milhões já dispendidos no ano passado.
O GLOBO, FSP ,ISTOÉ